Em entrevista à TV 247, o presidente do BNDES afirmou que a energia fóssil ainda exercerá um papel crucial nos próximos anos e ajudará a restaurar a Amazônia edit ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp. 247 – Em uma entrevista reveladora no programa “Bom Dia 247”, o economista Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), discutiu a importância estratégica do petróleo na transição energética, na conversa com os jornalistas Leonardo Attuch, Tereza Cruvinel e Dafne Ashton. Mercadante começou destacando a longa história do petróleo como fonte de energia, enfatizando seu papel indispensável em toda a cadeia produtiva, na aviação e no transporte de carga. “O petróleo é uma fonte de energia com um século de história. Não tem um avião que voe sem querosene de aviação. Os caminhões são a diesel ainda”, afirmou. Contrariando a noção de uma ruptura energética iminente, o presidente do BNDES caracterizou a atual fase como uma transição, destacando a longevidade do petróleo na matriz energética mundial. “Não estamos vivendo uma ruptura energética. É uma transição. É uma ingenuidade imaginar que o petróleo vai acabar depois de amanhã”, explicou Mercadante, acrescentando que o Brasil seria o único país a manter-se iluminado caso o petróleo acabasse, em razão de sua matriz energética mais limpa. A entrevista também destacou o impacto econômico do petróleo na região da Guiana, vizinha ao Amapá, o estado mais pobre do Brasil. Mercadante mencionou o crescimento exponencial do PIB da Guiana, desde o início da exploração na Margem Equatorial, num exemplo notável do potencial econômico do petróleo. Sobre a segurança e a eficiência na exploração do petróleo, Mercadante ressaltou a competência da Petrobrás. “A Petrobrás já furou mais de dois mil poços no pré-sal e nunca houve um acidente”, afirmou, indicando a expertise da empresa na exploração segura de petróleo. Um ponto crucial da entrevista foi a sugestão de Mercadante de que a receita do petróleo deveria ser utilizada para financiar a restauração da Amazônia, integrando a agenda ambiental com o desenvolvimento energético. Além disso, o presidente do BNDES mencionou a participação do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) como uma plataforma para discussão sobre a transição energética. Essa participação é vista como estratégica para o país no cenário global. Mercadante também criticou a falta de ação do Brasil em relação às medidas tomadas por outros países, como os Estados Unidos, que estão investindo massivamente em subsídios para a energia. “Os Estados Unidos estão concedendo US$ 383 bilhões em subsídios”, apontou, ressaltando a necessidade do Brasil acordar para a reindustrialização. Por fim, o presidente do BNDES revelou planos para reativar os estaleiros nacionais, sinalizando um movimento em direção à revitalização da indústria naval brasileira. Assista: Assine o 247 , apoie por Pix , inscreva-se na TV 247 , no canal Cortes 247 e assista: