– O Presidente dos EUA Joe Biden irá receber na Casa Branca na quinta-feira, 30 de novembro, o seu homologo angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço, conforme anunciado, neste domingo, 26, pela porta-voz do Departamento de Estado, Karine Jean-Pierre. O encontro, como explicou a porta-voz, celebra três décadas de relações diplomáticas e abordará os próximos passos para fortalecer a cooperação bilateral entre os dois países nos setores de comércio, investimento, clima e energia. Um dos principais temas em discussão será o Projeto de Parceria para Infraestrutura Global e Investimento (PGI) do Presidente Biden, focado no Corredor do Lobito. Este projeto visa conectar Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia aos mercados globais por meio do porto de Lobito. Os dois líderes explorarão maneiras de impulsionar esse empreendimento e alavancar o potencial econômico da região. A reunião se baseará nos princípios estabelecidos durante a Cimeira de Líderes EUA-África, destacando a colaboração contínua entre os Estados Unidos e as nações africanas para enfrentar desafios tanto regionais quanto globais. As relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Angola foram estabelecidas em 19 de maio de 1993, após o fim da Guerra Fria e da Guerra Civil Angolana. Desde então, os dois países têm cooperado em questões de paz e segurança regional, democracia e governação, desenvolvimento humano e social, e combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. Os Estados Unidos apoiam as reformas políticas e económicas empreendidas pelo Presidente João Lourenço, que assumiu o poder em 2017, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que governou o país por 38 anos. Os Estados Unidos também elogiam o papel de Angola na mediação de conflitos na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana e no Sudão do Sul. Os dois países mantêm um diálogo bilateral regular através da Comissão Mista Bilateral e da Parceria Estratégica para a Segurança e a Democracia As relações econômicas entre Angola e Estados Unidos também são igualmente tidas como fortes. Os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais de Angola, sendo o maior importador de petróleo angolano. Os Estados Unidos têm investido significativamente em Angola nos últimos anos. As empresas americanas estão envolvidas em projetos de petróleo, gás, mineração e infraestrutura em Angola. Os Estados Unidos têm pressionado Angola a melhorar o seu recorde de direitos humanos. O governo angolano tem sido criticado por violações dos direitos humanos, incluindo a prisão de opositores políticos e a repressão da liberdade de expressão. Em 2023, o Departamento de Estado dos Estados Unidos classificou Angola como um país “parcialmente livre” em termos de direitos humanos. O Departamento de Estado condenou a prisão de opositores políticos e a repressão da liberdade de expressão em Angola.